segunda-feira, 9 de março de 2009

Plataformas LMS versus ferramentas Web 2.0

Os LMS (Learning Management Systems) – plataformas de apoio à aprendizagem - surgiram para dar apoio à formação a distância, facilitando a disponibilização de recursos em diferentes formatos como texto, vídeo e áudio, apontadores para sites, avisos aos alunos, interacção professor-alunos através de ferramentas de comunicação, ferramentas de apoio à aprendizagem colaborativa e registo das actividades realizadas pelos alunos (Carvalho, 2007).
No entanto, com o surgimento da Web 2.0, professores e alunos podem contar hoje com uma nova geração de ferramentas de fácil utilização, que não necessitam de instalação nem manutenção constantes e que possibilitam novas formas de comunicação, expressão e interacção bem como o enriquecimento das práticas pedagógicas com actividades como: o trabalho cooperativo e colaborativo, o estímulo à escrita, a maior facilidade de armazenamento de dados, a criação de páginas online, a criação de comunidades de prática, entre muitas outras. Para além de serem gratuitas, estas ferramentas permitem que o conhecimento produzido seja publicado e partilhado com toda a comunidade. (Bottentuit Junior, e Coutinho, 2008).
Assim, podemos colocar a questão:
Porquê usar uma plataforma quando posso agregar num site apontadores para diferentes ferramentas, que eu, enquanto docente posso escolher?
Este problema é reportado por Carvalho (2008) citando Valente e Moreira (2007), “a diversidade de acessórios que a plataforma traz tem-se mostrado insuficiente para satisfazer a ânsia de inovação ou de novidade que muitos dos utilizadores manifestam, levando à procura de novas funcionalidades” (p. 786).
A principal vantagem do uso das plataformas no ensino, referida por Bottentuit Junior, e Coutinho (2008), é a facilidade de utilização de um espaço no qual já existem várias ferramentas, em vez de criar um site e disponibilizar os apontadores para as diferentes ferramentas.
No entanto, há duas grandes limitações na sua utilização: por um lado, as funcionalidades específicas de cada plataforma, por outro lado, as funcionalidades que o administrador do sistema definiu como pertinentes e que podem ser limitativas para o professor.
Numa plataforma, o administrador define as funcionalidades que disponibiliza e se não tiver sensibilidade para abordagens colaborativas, por exemplo, poderá não colocar acessíveis as ferramentas necessárias ou considerar que determinada ferramenta não tem interesse para as suas aulas, esquecendo-se de que pode ser pertinente para outros professores.

Referências:
Bottentuit Junior, J. B.; COUTINHO, C. P.(2008) Do e-learning tradicional para o elearning 2.0. Revista Paidéi@, UNIMES VIRTUAL , Volume 1, número 2. Consultado em Março de 2009 em: http://revistapaideia.unimesvirtual.com.br.
Carvalho, A. A. A. (2007). Rentabilizar a Internet no Ensino Básico e Secundário: dos Recursos e Ferramentas Online aos LMS. Sísifo. Revista de Ciências da Educação, 03, pp. 25 - 40. Consultado em Março de 2009 em http://sisifo.fpce.ul.pt
Valente, L., Moreira, P. (2007). Moodle: moda, mania ou inovação na formação? – Testemunhos do Centro de Competência da Universidade do Minho. In P. Dias; C. V. Freitas; B. Silva; A. Osório & A. Ramos (orgs.), Actas da V Conferência Internacional de Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação – Challenges 2007. Braga: Centro de Competência da Universidade do Minho, pp. 781-790.

1 comentário:

  1. Foi com muitointeresse que percorri o seu blog.
    Permita-me deixar-lhe aqui um "adjectivo"
    gostei,
    e gostei muito pelos temas e sobretudo pela excelência da explanação.

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